Hoje é dia de luta das categorias |
Não há ocasião mais propícia para evocar as lutas e as perspectivas das classes trabalhadoras em todo o mundo.
Neste dia, nas reuniões, manifestações massivas e mesmo nas festas ou no recôndito dos lares de quem vive de vender a sua força de trabalho, é tempo para fazer reflexões sobre o significado da opressão e da exploração capitalistas e o estado geral em que se encontra o mundo sob o domínio dos monopólios, da oligarquia financeira e de suas expressões políticas – as potências imperialistas. Na sua data comemorativa, os trabalhadores conjugam o verbo lutar.
Centrais sindicais do Brasil unidas em torno do trabalho |
Trabalhadores em educação da Rede Estadual de ensino |
Dias depois, em 4 de maio, durante um comício de solidariedade com os trabalhadores de uma empresa onde a repressão causara numerosos mortos e feridos, provocadores fazem explodir uma bomba, resultando na morte de policiais e trabalhadores e dando início a uma repressão generalizada. Oito líderes dos trabalhadores, que passam à história como os “mártires de Chicago”, são condenados numa farsa judicial como os principais responsáveis pelos acontecimentos de 4 de Maio.
Trabalhadores metalúrgicos de São Luís na luta contra demissões |
Quatro deles são enforcados em 11 de Novembro de 1887.
Para homenagear os “mártires de Chicago”, o Congresso fundador da Internacional Socialista, reunido em Paris em 14 de Julho de 1889 – centenário da Revolução Francesa – propôs a proclamação do 1º de Maio como Dia Internacional do Trabalhador. Em 1º de Maio do ano seguinte, essa manifestação simultânea teve lugar em diversos países, a primeira ação unitária da classe operária, materializando a consigna do Manifesto Comunista – “Proletários de todos os países, uni-vos!”.
Trabalhadores em educação de São luís em marcha por direitos |
O 1º de Maio é também uma ocasião propícia para afirmar o internacionalismo proletário e a solidariedade entre os trabalhadores, reforçar as organizações proletárias e populares, a unidade classista, as alianças básicas entre os trabalhadores e todas as camadas oprimidas da sociedade e o partido comunista, força organizada e de vanguarda.
Na celebração do 1º de Maio este ano, os trabalhadores têm presente o ambiente de profunda crise econômica e financeira, expressão da decadência do sistema capitalista, cujos governos praticam políticas lesivas aos interesses operários e populares, que provocam a degradação das condições de vida. Igualmente, a humanidade está a braços com sérias ameaças à paz mundial, advindas das políticas agressivas das potências imperialistas.
Trabalhadores Vigilantes em Assembleia Geral |
Na América Latina, as comemorações do 1º de Maio retemperam a luta pela independência nacional, a integração soberana e solidária entre nações amigas e a realização de mudanças políticas e socioeconômicas estruturais para superar o neoliberalismo, o conservadorismo, aprofundar a democracia e alcançar o progresso social.
A luta política no Brasil se inscreve nesse marco. A cinco meses da eleição presidencial, o País encontra-se imerso e polarizado em intenso embate político, no qual se confrontam, de um lado, as forças progressistas, lideradas pela presidenta Dilma Rousseff, postulante à reeleição, e, de outro, as candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos que se habilitam para representar os interesses das forças neoliberais e conservadoras.
Em meio às lutas concretas pela realização de reivindicações de cunho político e econômico-social, os trabalhadores têm nas comemorações do 1º de Maio uma ocasião também para aprofundar a batalha das ideias, de caráter cultural e ideológico numa época em que as classes dominantes se empenham em fazer retroceder as conquistas da civilização.
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