sexta-feira, 2 de maio de 2014

Trabalhadores comemoram 1º de Maio no Brasil e exigem mais direitos

O Dia do Trabalhador foi comemorado com festa na capital paulista
As centrais CTB, CUT e CSB fizeram um grande ato unificado que começou às 10h da manhã no Largo do Arouche e seguiu pelas ruas do centro até o Vale do Anhangabaú, onde aconteceram atividades teatrais, musicais e um grandioso ato político com a presença de autoridades estaduais e nacionais.

Milhares de trabalhadores saíram às ruas para comemorar a data e exigir a garantia de mais direitos.

Por Mariana Serafini, do Vermelho

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes do Vale do Anhangabaú De acordo com a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes do Vale do Anhangabaú
“Comunicação: o desafio do século”, este foi o lema que deu o norte à manifestação dos trabalhadores, eles entendem que a garantia e conquista de direitos dependem também de uma mídia comprometida não com os interesses obscuros de uma pequena elite dominante, mas sim com as necessidades reais da vida cotidiana dos trabalhadores. Por isso a luta se expandiu e agora os trabalhadores não exigem apenas as bandeiras ligadas diretamente à questão trabalhista, uma das bandeiras das centrais sindicais é a democratização dos meios de comunicação.

Estiveram presentes no ato político os presidentes das três centrais: Adilson Araújo, CTB; Vagner Freitas de Morais, CUT e Antônio Fernandes dos Santos, Neto da CSB; os ministros do Trabalho, Manoel Dias e da secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, marcou presença com um discurso consistente acerca da garantia de direitos e a importância de os trabalhadores resistirem ao sistema capitalista vigente e lutarem por um mundo mais dingo. O ex-ministro da saúde e atual pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, Alexandre Padilha, também esteve no ato e falou sobre a importância de se combater todo e qualquer tipo de atitude racista, seja nos esportes ou na vida cotidiana.

Renato Rabelo, Jamil Murad, Nádia Campeão e Walter Sorrentino

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, o 1º de maio unitário das centrais é um feito histórico, principalmente diante do atual quadro político do país. “Nós realizamos uma marcha importante e acreditamos que o curso desta marcha permitiu à presidenta Dilma [Rousseff] reafirmar a defesa da política do salário mínimo”. O líder cetebista acredita que mobilização deste dia 1º mostra a autonomia e a independência do movimento sindical que está pronto para pressionar o Congresso Nacional a aprovar as reformas trabalhistas exigidas pelos trabalhadores. Entre as principais reivindicações está a redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

Mas este ano os trabalhadores vão além: eles ampliaram a pauta e lutam também pelas reformas democráticas, entre elas, a agrária, urbana, tributária, política e claro, a democratização dos meios de comunicação. “A democratização dos meios nos traz uma nova perspectiva e é com este sentimento que nós comemoramos este 1º de maio”, afirmou Adilson.

Presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fala no 1º de Maio em São Paulo
“Nós estamos falando de 1ª de maio em 2014, por isso nós convidamos os trabalhadores a refletir. O que está em jogo é a conquista de direitos e a manutenção das conquistas já alcançadas”.

O líder comunista falou também sobre a importância de reeleger a presidenta Dilma Rousseff para que os trabalhadores não percam os tantos direitos já conquistados nestes últimos onze anos. “Ao projeto da oposição não cabe nem mesmo garantir o que se conseguiu em termos de oferta de emprego e de aumento real de salário, principalmente o salário-mínimo. Se nem isso eles garantem, imagina se vão avançar?! Por outro lado, nós temos que avançar mais ainda, e a garantia desse avanço é quem já está no governo hoje, a atual prioridade do governo da Dilma é garantir oferta de emprego e o aumento real de salário. Ela tem garantido isso mesmo com a crise mundial”.

Eduardo Suplicy e Alexandre Padilha

Já a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, parabenizou os trabalhadores pela força e unidade que demonstraram no ato unitário. Para ela, este é um ano importante por conta das eleições presidenciais e é preciso que os trabalhadores avaliem “com muito cuidado” todas as conquistas alcançadas nos últimos anos. “Devemos ter atenção redobrada na eleição [presidencial] não se pode correr nenhum risco de voltar para trás, além disso precisamos acumular forças para realizar as reformas democráticas tão necessárias para o Brasil”, alertou.

O ex-ministro dos Esportes e atual vereador de São Paulo, Orlando Silva, disse estar feliz com o ato unitário porque é um espaço que além de comemorar o Dia do Trabalhador, permite avançar no debate político. “O Brasil precisa seguir no rumo certo que já foi aberto pelo Lula e continuamos com a Dilma, nossa mensagem é que o país avance, para isso precisamos realizar as reformas democráticas e a presidenta Dilma é a melhor pessoa para estar a frente deste processo”.

Depois do ato político, aconteceram diversos shows, entre os artistas que se apresentaram estava Péricles e banda, Paula Fernandes, Michel Teló e Sorriso Maroto.

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